terça-feira, 21 de junho de 2011

Desenvolvimento e Mudanças no Estado Brasileiro - Algumas considerações


            Historicamente, o desenvolvimento econômico tem-se alterado muito nas sociedades e no nascimento e crescimento de nações ao longo dos tempos, desde o início do trabalho da terra, agricultura, sobras de produção, até os modernos conceitos de finanças, economia, acumulação do capital e riquezas.

            O desenvolvimento econômico não ocorreu ou ocorre de forma homogênea nas nações como em suas sociedades e em seus aspectos intrínsecos sociais, onde as riquezas não são divididas ou repartidas em termos igualitários, mesmo com o aumento da tecnologia, acumulação de capitais, novos processos de produção, maior volume de informações e de conhecimento, além da capital humano empregado na construção de riquezas, finanças e economia.

            Não se pode confundir crescimento e desenvolvimento econômico, onde o primeiro trata da elevação do valor agregado produzindo por uma nação, diferentemente do segundo que considera um conjunto mais complexo de variáveis como qualidade de vida dos cidadãos, a diferenciação econômica entre indivíduos, ou seja, como a riqueza é distribuída no conjunto populacional, se o crescimento econômico também direciona para um desenvolvimento social.

            Dentro do conceito de crescimento econômico, termos como macroeconomia e microeconomia, onde envolve termos como equilíbrio ou estabilidade macroeconômica, com um governo que tem suas contas em um padrão ideal, dentro também de um ambiente de inflação baixa e controlada, além também da estabilidade política, ou seja, o cuidado com o aparato legal nacional da segurança jurídica de uma nação, que já considerando a microeconomia, estuda a relação do comportamento dos consumidores, do problema da escassez de recursos, da atuação empresarial, das questões relacionadas com preços, fatores de produção em mercados, da oferta e da demanda de bens e serviços.

            Segundo correntes de estudos econômicos, o crescimento econômico favorável deve-se a alguns fatores como taxa de poupança para financiamento de novos investimentos produtivos para a formação de capital, manutenção de produtividade efetiva considerando aspectos viabilidade financeira e econômica. Isto em uma primeira análise, tendo por outra linha, que além de considerar o aumento de capital, também enfatiza a formação de capital humano para o sistema produtivo, com conseqüente acumulação de novos conhecimentos, gerando, por conseguinte, novas tecnologias aplicadas tanto a produção em si como para a economia em geral, envolvendo assim áreas como a educação, a pesquisa, como o desenvolvimento profissional.

            Nesse sentido, o aumento da economia, como no nível educacional de uma sociedade, como dos próprios indivíduos, este passa a galgar melhores oportunidades profissionais como também de renda médio, em comparação com aqueles que não têm acesso a este processo, fato este análogo em comparação entre países e desenvolvimento humano. Isto é muito visível se comparados os aspectos socioeconômicos dos países considerando de primeiro mundo ou ricos com os que estão em desenvolvimento ou ainda se encontram atrasados em seus sistemas produtivos, economia, tecnologia, política, legislação, educação e sociedade.

            No caso Brasil, mesmo com as adversidades do sistema político nacional que herda um sistema patrimonialista imperialista colonial, vem formatando uma realidade complexa do nascimento de uma república velha oligárquica, golpes de estado, diversas constituições, sistemas políticos ditatoriais militares, abertura política, administração racional-legal e gestão pública gerencial. Considerando este pequeno resumo histórico brasileiro, os governos, principalmente após Getúlio Vargas, priorizaram maior industrialização nacional, em indústrias de base, infraestrutura, metalurgia, além de reformas estruturais nos sistemas financeiros, tributários, trabalhistas, previdenciários, como também, um conjunto agregado de crescimento econômico e social.

Nesse sentido, de modo geral, o crescimento econômico nem sempre traz em seu bojo o mesmo nível de desempenho para o desenvolvimento econômico e social de uma sociedade em aspectos de distribuição de riquezas e desenvolvimento humano, sendo o Brasil também, integrante dessa insípida realidade, contrastado por um retrato de um país em pleno crescimento econômico, melhorias tecnológicas, aumento de produtividade, acumulação constante de riquezas em seu produto interno bruto, e, por outra em que muitos dessa sociedade não percebem dos resultados do desempenho econômico, das riquezas produzidas, dos serviços de melhorias de qualidade de vida em geral.

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