terça-feira, 21 de junho de 2011

Indicadores Econômicos


1. Introdução

Os indicadores econômicos, conjuntamente com os indicadores sociais, geram dados sobre a realidade social que, especificamente no caso econômico, tratam de informações que subsidiam governos no planejamento orçamentário como também empresas e sociedade no direcionamento de suas ações para decisões organizacionais, de investimentos, de aspectos mercadológicos.

No caso do Brasil, a aplicação desses indicadores está diretamente relacionada com planos plurianuais governamentais, orçamentos públicos, planejamento de programas e projetos sociais, para a sociedade organizada como fonte de informações sobre aspectos de consumo, nível social, cultural e padrões regionais, dados obtidos juntos a diversos institutos estatísticos, jornais, organizações de classe, patronais e tantas outras de credibilidade e confiabilidade.

Assim, os indicadores econômicos também, conjuntamente com os sociais, fazem parte das ferramentas de governos, agentes privados e sociedade, na construção do retrato de determinado cenário a ser investigado e analisado sob diversos enfoques ou aspectos da realidade ambiental.

2. Desenvolvimento 

2.1. Indicadores Econômicos

 Vários institutos nacionais e internacionais realizam pesquisas da conjuntura econômica através da busca de dados e tratamento destes para gerarem informações econômicas e de fins financeiros para melhoria das decisões de governos e agentes privados no planejamento de suas ações na aplicação dos escassos recursos que são produzidos pelas nações em suas sociedades.

Entre os indicadores econômicos que podem ser relacionados conforme sítio eletrônico do Banco Central do Brasil estão agrupados em grupos de dados, classificados por conjuntura econômica com índices que envolvem dados de consumo, preço, cesta básica, comércio, emprego, rendimentos; por moeda e crédito com índices sobre oferta de crédito, operações do sistema financeiro, taxas de juros aplicadas nas transações; por mercado financeiro e de capitais sobre aplicações em bolsa de valores, mercado de futuros, contratos, valor de mercado de empresas; por finanças públicas através dos resultados primários, despesas do tesouro nacional, arrecadação de impostos, valor dos títulos públicos, dívida pública, necessidades de financiamentos; por balança de pagamentos em relação às transações de exportação e importação, balança comercial, intercâmbio comercial, investimentos de estrangeiros, de brasileiros no exterior, índice e taxas de câmbio; e por economia internacional sobre cotações de commodities e dólar, de títulos brasileiros no exterior, da dívida externa, da comparação de taxas de juros e indicadores econômicos de outros países.

Sobre conjuntura econômica, diversos órgãos, institutos, empresas públicas, privadas e outras organizações fazem parte desse universo de pesquisa de dados para retratar produção, consumo, vendas, crescimento nacional, valores de riqueza, desempenho industrial, comercial, social, governamental. Entre esses diversos grupos pode-se exemplificar o Banco Central, a Fundação Getúlio Vargas, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, Ministério da Fazenda, Ministério do Trabalho, Confederação Nacional do Comércio, todos com estudos de diversos índices com informações sobre a força de trabalho, situação empresarial, investimentos, entre outros.

Os boletins gerados pelos institutos e outros organizações sobre a conjuntura econômica vem a retratar a situação macroeconômica, a evolução da economia ao longo do tempo, fatores históricos de desempenho, projeções de cenários, relações e comparações com outras sociedades como a inter-relação entre as nações, principalmente pela crescente globalização do mercado internacional.

No banco de dados do IBGE, além dos indicadores sociais como aspectos demográficos, situação de domicílios ou retrato municipal da população, encontra-se em seu sítio eletrônico, dados e informações de cunho econômico sobre contas nacionais, atividade produtiva, cadastro empresarial, sistema nacional de índice de preços ao consumidor, sistema nacional de pesquisa de custos de índice da construção civil, através de relatórios consolidados por temporalidade trimestral, anual, outra que for definida.

Resumidamente, as contas nacionais retratam a produção econômica anual, a evolução dos bens e serviços produzidos pela iniciativa pública e privada. No caso do cadastro empresarial, importa a movimentação de empregos, abertura e fechamento de empresas e como estão distribuídas pelo território nacional e a classificação por atividade econômica. Já para o sistema nacional de preços ao consumidor demonstra como a alteração de preços de produtos e serviços alteram por determinado tempo, através de índices como IPCA (Índice Preço ao Consumidor Amplo) ou IGP (Índice Geral de Preços), produzido por institutos como FGV, DIESSE, FIPE/USP, todos com metodologia própria em pesquisa e tabulação de dados. Por fim, o sistema nacional de pesquisa de custos de índices da construção civil permite estimar os resultados na indústria da construção, dados sobre o pessoal ocupado, política salarial, valores de receitas e despesas do segmento.

Tomando por exemplo o trabalho realizado pela FGV, esta publica em seu portal eletrônico os indicadores de preços (IGP, IPA, IPC, INCC) apresentando dados dos preços aplicados em matérias-primas agropecuárias, industriais, produtos intermediários, bens e serviços finais. Os indicadores sobre tendências econômicas dispõe de informações sobre a sondagem da confiança empresarial como do consumidor, avaliando as tendências de consumo, disponibilidade de renda, endividamento das famílias, investimentos aplicados pelas empresas, outros serviços como avaliação do mercado acionário, estudos da produção agropecuária, petróleo, tendência do comércio exterior, desenvolvimento econômico, e relatórios diversos para serem utilizados em planos, projetos, programas.

Os meios de comunicação em massa partem das informações dos indicadores publicados pelos institutos, órgãos e agentes privados estatísticos para preparam suas reportagens e seção de economia, além de outras seções que tratam de aspectos sociais, notícias, saúde, educação, esportes, tecnologia, assuntos variados da sociedade em geral como também geração de suas próprias informações através de reportagens e análise dos cenários. No portal do jornal O Estadão, em sua página principal nota-se a ênfase pelas notícias de última hora, como eventos impactam na economia, análise de questões políticas, indicadores de bolsa de valores, moedas. Em sua seção de economia, trata das últimas notícias de ordem econômica, diversos índices sobre desempenho de bolsa de valores ao redor do mundo, economia e mercado internacional. Comparativamente como o Jornal Correio Braziliense, em sua página inicial na Internet, apresenta um resumo geral de notícias, em sua seção de economia resume diversas notícias econômicas, questões internacionais, índice de bolsa de valores, entre outras informações.

Considerando o que é publicado pelos institutos, órgãos de pesquisa e estatística, vale lembrar que os índices têm um lapso temporal na busca de dados que podem ser medidos por estimativas mensais, trimestrais, semestrais, anuais ou outra definição que for aplicada. A exemplo do IGP da FGV tem temporalidade mensal retratando alterações no índices de preços aplicados ao consumidor, como também o cadastro geral de empresas do IBGE que tem um período de apuração e divulgação anual, não demonstrando tempestiva como seria se fosse em prazo menor como uma periodicidade mensal sobre a demografia do segmento formal das empresas, sobrevida empresarial, questões de emprego e renda. Não se quer dizer que não seja válido índices com maior lapso temporal de pesquisa e tabulação, a depender em si de quais indicadores servirão para análise e subsídio de informação.

No IPEADATA consolidam dados econômicos, financeiros, demográficos a nível nacional, estadual, municipal, como indicadores de distribuição de renda, pobreza, educação, previdência social e segurança pública. No tocante a macroeconomia, aspectos como balança de pagamentos, política cambial, consumo, vendas, contas nacionais, correção monetária, estoque de capital, economia internacional, finanças públicas, moeda, crédito, transporte, além de indicadores sociais, demografia populacional, preços, produção e projeções. Todos estes dados provém de diversas fontes de pesquisa de institutos de estatística, agência governamentais, bancos centrais, bancos de investimentos, empresas governamentais, congregando o conjunto de dados da produção e resultados nacionais.

No sentido do conjunto de resultados e produção nacionais, vem a expor o produto interno bruto (PIB) que representa a soma em valores monetários, de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um período de tempo, mensurando a atividade econômica, ou seja, é o retrato da macroeconomia de uma sociedade. Os indicadores do IPEADATA como capital fixo da administração pública, da construção nacional, da produção de empresa, consumo familiar, commodities, índice de preços e tendências econômicas. Considerando o PIB preços em 2009, apresenta constante crescimento ao longo dos anos que desde 1900, o valor partiu de 19.540,26 para 3.185.125,37 por milhões de reais em 2009. Tais indicadores guardam de forma sintética os resultados nacionais, como auxiliam estatisticamente a projeção de resultados que influenciam diretamente as estimativas do PIB e promovem dados para planejamento governamental, empresarial e social.

Os indicadores econômicos também subsidiam políticas públicas regionais do planejamento de estados e municípios. O Estado de Goiás por exemplo, os indicadores demonstram que o mesmo tem tido um bom desempenho em sua economia, com aumento de instalações de empresas, aumento do parque produtivo, elevação do PIB estadual, refletindo melhorias nas áreas de educação, transportes, aumento da oferta de empregos, investimentos públicos em programas sociais educacionais, habitacionais, infraestrutura.

Segundo dados do IBGE de 2010, o Estado de Goiás tinha cerca de seis milhões de habitantes, em seus 246 municípios, em 8ª participação agropecuária no valor adicionado, 10ª posição industrial, aumentos positivos na balança comercial, 8ª posição em produção e distribuição de energia, gás, água, esgoto e limpeza urbana com 5ª maior capacidade instalada de energia do país, o 9ª maior PIB nacional, entre outros dados como um expressivo parque industrial em áreas farmacêutica, automobilística, porto seco, previsão de escoamento produtivo pela ferrovia norte-sul, comércio de bens e serviços, turismo rural e ecológico. Esses dados demonstram que o Estado de Goiás apresenta resultados positivos em sua economia, apenas ressaltando que os atores governamentais precisam investir maiores esforços na área social, em políticas habitacionais, saneamento básico, saúde e educação pública.

3. Conclusão

 Os indicadores econômicos tratam de dados e informações direcionadas, como o próprio termo diz, para a economia gerada no processo produtivo das sociedades, ou seja, para a produção de riquezas de um país, de um Estado, de um município, como o Estado impacta nesse processo e principalmente com as empresas influenciam nesse cenário conjuntural.

O esforço aplicado na construção e manutenção desses indicadores justificam-se pelo rico volume de informações geradas pela análise da produção da sociedade, como acompanhar os resultados ao longo do tempo para munir o planejamento daqueles que fazem a sociedade funcionar e gerar riquezas, como também demonstrar como tais resultados estão sendo refletidos para todos.

Os indicadores econômicos, portanto, são de primordial importância tanto quanto os são os indicadores sociais, na construção do retrato da realidade da sociedade, da produção de riquezas, do efetivo emprego social, como na busca incessante de todos no melhor bem estar social que se puder criar ou construir por todos: governos, empresas, indivíduos.

Bibliografia

Banco Central do Brasil. Disponível em http://www.bcb.gov.br/?INDECO, acesso em 15 de março de 2011.

Estado de Goiás. Disponível em http://www.goias.gov.br, acesso em 18 de março de 2011.

Fundação Getúlio Vargas. Disponível em http://portalibre.fgv.br. acesso em 16 de março de 2011.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em http://www.ibge.gov.br, acesso em 16 de março de 2011.

_________________. Censo Demográfico 2000 Resultados Preliminares. Rio de Janeiro: IBGE, 2000.

Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicada. Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – Relatório Nacional de Acompanhamento – Brasília: Ipea, 2010.

IPEADATA. Disponível em http://www.ipeadata.gov.br, acesso em 18 de março de 2011.

JANNUZZI, Paulo de Martino. Indicadores socioeconômicos na gestão pública. Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC; Brasília: CAPES: UAB, 2009.

Naciones Unidas. http://www.un.org/es, acesso em 12 de março de 2011.

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